terça-feira, 11 de outubro de 2011

Como funciona a reciclagem de vidro

Definição do Vidro
 
O vidro é um dos produtos mais antigos da história. egípcios e mesopotâmicos já usavam-no como joia. E ele existe naturalmente em pequenos cacos na natureza quando ocorre, por exemplo, uma erupção vulcânica próxima aos locais onde há suas matérias-primas. A descoberta, no entanto, é atribuída aos fenícios. Segundo o historiador romano, Plínio, o Velho, os mercadores da Fenícia foram acampar e descansar na praia e fizeram uma fogueira. Acidentalmente, o salitre que eles carregavam entrou em contato com a areia e o fogo e transformou-se em vidro.
Basicamente,
vidro é feito de areia, ou seja, sílica ou dióxido de silício (SiO2), barrilha (Na2CO3) e calcário (CaCO3). Mas, ainda com os romanos, o vidro recebia outros componentes como ferro ou chumbo como ornamentação. O processo de fabricação do vidro consiste em aquecer as matérias-primas a 1.600 º C e moldar a peça durante o seu resfriamento.
Como funciona a reciclagem de vidro


 
 
O vidro é um produto 100% reciclável. É possível aproveitá-lo de várias formas. A mais simples e visível é a embalagem retornável de refrigerante ou cerveja. É verdade, que as garrafas Pets concorrem diretamente com essas embalagens, mas há muitos lugares no Brasil e no mundo onde o velho litro de Coca cola, que sai mais barato, ainda é uma presença marcante, assim como a garrafa de cerveja retornável. Além disso, quem não tem em casa aquele pote de maionese ou geleia que depois recebeu uma outra finalidade? Afinal, lavando bem, qualquer embalagem de vidro não deixa nenhum resquício do gosto do produto que antes esteve lá, ao contrário das embalagens de plástico, que quando recicladas têm seu uso proibido para produtos alimentícios. Além disso, os cacos de vidro são também reutilizáveis com praticamente 100% de reaproveitamento. A utilização dos cacos na fabricação proporciona, obviamente, uma economia de matéria-prima, além da redução do dispêndio de energia. Para uma tonelada de vidro reciclado, evita-se a retirada de 1,2 tonelada de matéria-prima da natureza. Quanto à questão energética, em um produto com 10% de cacos, é possível reduzir 4% da energia que seria gasta. Outra vantagem de reciclar o vidro é que evita-se que se jogue na natureza um produto que não é biodegradável. Arqueólogos já encontraram pedaços de vidro datados de 2 mil A.C. intactos em escavações. Um dos maiores problemas da reciclagem de vidro é sua logística. Apesar de já serem tradicionais as fábricas de reaproveitamento de garrafas (o velho garrafeiro), o seu crescimento ainda é recente, provocado pela onda de adesão à reciclagem dos últimos anos. Além disso, há certos limites técnicos para a reciclagem.

Processo de reciclagem




 
Que vidros podem ser reciclados


Tipos de vidros recicláveis

- Garrafas de sucos, refrigerantes, cervejas e outros tipos de bebidas;
- Potes de alimentos
- Cacos de vidros
- Frascos de remédios
- Frascos de perfumes
- Vidros planos e lisos
- Para-brisas
- Vidros de janelas
- Pratos, tigelas e copos (desde que não sejam de acrílico, cerâmica ou porcelana)

  
não reciclável :

espelhos, cristais, vidros de janelas, vidros de automóveis, lâmpadas, ampolas de medicamentos, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e de computadores.

Em 16 anos, reaproveitamento triplicou

­De 1991 para 2007, o índice de reciclagem de embalagens de vidro no Brasil cresceu de 15% para 47% (veja tabela abaixo). Essa mudança foi possível depois que a reciclagem começou a fazer parte da pauta das indústrias, dos políticos e do cidadão comum. A ampliação das cooperativas de catadores e, indiretamente, a ampliação do sistema de reciclagem de latas de alumínio ajudaram o crescimento. Cerca de 3% do lixo brasileiro são compostos de vidros, mas, há algumas limitações. Entre elas a constatação de que existem certos tipos de vidros que não podem ser reciclados. Por exemplo, os temperados. Por isso, as estatísticas acima são apenas das embalagens de vidro como as garrafas. Obviamente, outros tipos de vidros podem ser beneficiados como os de uso doméstico. Mas as pessoas jogam muito menos copos de vidro do que de garrafas no lixo.
Importante no ciclo, o catador não é o único fornecedor da reciclagem. As chamadas
fontes difusas, que englobam as cooperativas, são responsáveis por 40% dos vidros velhos e quebrados que entram na reciclagem. Outros 40% vêm das indústrias de envase; 10%, de estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes ou hotéis e 10 % são refugo da própria indústria de vidros.
Todo esse vidro que entra nas indústrias de processamento acaba sendo parte do material que se transformará em vidro. As técnicas mais avançadas conseguem
até 95% de reaproveitamento do caco em uma embalagem nova. É o chamado limite técnico, que poucos países conseguem atingir. A Suíça é a mais avançada nesse setor. No Brasil, a mistura de caco varia de 45% a 55%.

OBS: Informações levantadas pelos alunos Leopoldo Prado e Tauhema do curso de segurança do trabalho.

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